O Encontro


Resumo:
O “I encontro internacional CIDADE+CONTEMPORANEIDADE: resistência, hospitalidade e para-formalidade” procura articular-se em torno da abordagem multidisciplinar de questões teóricas e empíricas relacionadas à sociedade contemporânea, em especial na relação entre a arquitetura e cidade, habitando para isso as fronteiras da filosofia, das artes e da educação, a partir da experiência em oficinas e conversações entre os participantes, a fim de criar ações projetuais e perceptos para uma estética urbana atual.

Resistência:
Espaços de entreidade, de resistência, zonas de opacidade, que aparecem como operador de análises sobre as relações de urbanização, resistências, heterotopias. O território urbano infiltrado por áreas de fronteira, em diálogos que transbordam a dicotomia entre urbano e rural, espaços outros – que ao mesmo tempo expressam e escapam a essas categorias preexistentes e visíveis da disciplina do urbanismo. Um espaço imemorial de utopia do viver na cidade.

Hospitalidade:
O tema da hospitalidade é proposto a partir das ideias de Jacques Derrida e Emmanuel Levinas, no qual a lógica do 'outro' abre a perspectiva de um novo olhar sobre a questão do espaço, da cidade e da arquitetura. A hospitalidade se estrutura a partir da relação hóspede e hospedeiro. A questão da hospitalidade une as diferenças conservando-as, no entanto para isso lança mão de binômios como: familiaridade e não familiaridade, o visível e não visível, oculto e exposto como elementos analíticos da cidade e da casa. Curiosamente, a hospitalidade coloca o tema do espaço não no espaço, mas no indivíduo, como se ele próprio portasse a hospitalidade, o próprio espaço. Como se o sentido não estivesse no espaço ou na arquitetura, mas sim nas próprias pessoas. A Hospitalidade é esse dar lugar ao lugar, a hospitalidade nos faz entender a questão do lugar como sendo fundamental fundadora e impensada da história da nossa cultura.

Para-formalidade:
O formal e o informal são apenas polos de uma atividade menos delimitável, de um campo de ação heterogênea, que chamamos para-formal. Por formal entendemos: a cidade regulamentada, urbanizada e inscrita nos sistemas legais, sistemas urbanos estáveis e previsíveis; por informal: a cidade precária, cidade sem controle do Estado, cidade ilegal, cidade não cadastrada nem planificada. Pretende-se em certa esfera do urbanismo e do desenho de políticas públicas, que o informal seja a exceção do formal. Para evitar essa dualidade chamamos de para-formal o lugar do cruzamento do formal (ou formado) e o informal (ou em formação) do previsível e do imprevisível; da cidade em formação, porém também da cidade em desagregação, dos processos urbanos conflitivos, friccionantes ou catastróficos.

Objetivos:
Geral:
- Conhecer as diferentes manifestações urbanas encontradas na cidade da contemporaneidade, a partir do cruzamento de fronteiras e do habitar novos territórios.

Específicos:
- Divulgar e Auxiliar as pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório de Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/UFPel, referentes a temática do encontro.
- Realizar a interação entre os diversos grupos de pesquisa participantes do evento (Laboratório de Urbanismo/UFPel, Laboratório Urbano/UFBA, PROPAR/UFRGS e GPA/FADU).
-Compreender por meio de oficinas, novas metodologias aplicáveis à cidade na contemporaneidade.

Dinâmica:
Encontro entre grupos de pesquisa nacionais e internacionais, com a ação de EXPERIÊNCIAS (oficinas - a tarde) e CONVERSAÇÕES (palestras - a noite). Ao fim do encontro pretende-se organizar uma publicação com textos produzidos pelos convidados e participantes.

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